
Governo do Estado de São Paulo / Secretaria da Cultura apresentam:
Código Facial - Proac Artes Integradas 40/2015
Concepção e Direção: Cássia Aranha
Criação artística: Cássia Aranha e Luciana Mantovani
Ficha técnica
Artista Visual - fotografia, arte móvel e realidade aumentada: Cássia Aranha
Direção Cênica - dramaturgia, interpretação e figurino: Luciana Mantovani
Câmera em estúdio e edição videográfica: Anderson Brostt
Produção: Cássia Aranha e Luciana Mantovani
Produção de estúdio: Marcos Moura e Marco Keppler
Maquiagem e visagismo: Fernanda Mourão
Código Facial, projeto contemplado no Edital PROAC Artes Integradas 40/2015 da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, é uma obra híbrida que envolve artes visuais, arte móvel, realidade aumentada, dramaturgia e videoperformance, a partir de uma criação site specific.
Fundamentado no livro Multidão de Michael Hardt e Antonio Negri e centrado na ideia de que cada um de nós é uma singularidade em uma mar de relações, Código Facial estende o conceito de multidão para o universo da virtualidade. Os códigos que determinam nossa singularidade, caracteres próprios culturais e subjetivos que designam o que somos, situam-se na dicotomia entre multiplicidade e unidade, e colocam em questionamento a própria imagem ilusória refletida em um espelho. Sufocados pela massificação da indústria e consumo culturais da sociedade capitalista pós-moderna, buscamos na multidão e na multiplicidade um caminho para reencontrarmos a nossa própria singularidade.
O que é tratado em Código Facial é esse olhar subjetivo que reconhece os códigos singulares de cada parte de uma multidão. No entanto esse “reconhecer”, do latim recognoscere – conhecer de novo ou identificar algo que já era conhecido, desnuda uma multidão caótica, confusa, mergulhada em uma solidão agonizante, que as coloca em uma busca constante de preenchimento, de completude. Essa busca hoje se estende ao universo da cibercultura e esse aglomerado de singularidades passa a compor redes de relações rizomáticas intermediadas pela tecnologia.
Foram criados perfis ficcionais e ações cênicas a partir da produção fotográfica de retratos e entrevistas com os frequentadores do CEU Heliópolis Profa. Arlete Persoli, CCJ - Centro Cultural da Juventude, CCSP - Centro Cultural São Paulo, MIS -Museu de Imagem e Som de Campinas e Paço da Prefeitura de Campinas, que se tornaram anônimos a partir da sobreposição de códigos sobre seus rostos.
Com o uso do aplicativo gratuito Aurasma de realidade aumentada e de dispositivos tecnológicos portáteis [celulares ou tables], o público vivencia uma experiência dramatúrgica performática, em uma fusão do universo virtual e material, ao mesmo tempo que cria imageticamente um retrato subjetivo de frequentadores de cada praça digital.